terça-feira, 24 de setembro de 2013

Ácidos graxos ômega-3 protegem o cérebro contra os efeitos do álcool




Os resultados de um estudo apresentado durante o 14º Congresso da European Society for Biomedical Research on Alcoholism, ocorrido de 8-11 de setembro de 2013 em Varsóvia comprovaram a existência de um efeito protetor do ácido docosahexaenóico (DHA), um ácido graxo da família ômega-3, contra o desenvolvimento de demência em pessoas viciadas em álcool.


Numa análise prévia de 143 estudos, os investigadores Michael A. Collins, PhD e Edward J. Neafsey, PhD da Loyola University Chicago Stritch School of Medicine descobriram a associação entre o consumo moderado de álcool e um menor risco de ocorrência de prejuízo cognitivo e demência. Entretanto, o consumo de grandes quantidades de álcool resulta em inflamação crônica, acarretando em stress oxidativo e morte celular cerebral, os quais são responsáveis pelo risco mais elevado de demência vivenciado por alcoólatras.

Para este estudo, o Dr. Collins e seus colegas administraram DHA ou nenhum tratamento para células cerebrais de animais de laboratório adultos antes da exposição a uma quantidade de álcool quatro vezes superior ao limite legal estabelecido nos EUA para a direção de veículo automotor. Eles observaram uma redução de 90% na neuro-inflamação e morte neuronal nas células suplementadas com DHA em comparação com as células não tratadas. A equipe também descobriu que o DHA suprimiu significativamente a enzima PARP1 (poli [ADP-ribose] polimerase 1), a proteína AQP4 (aquaporina 4) e a enzima PLA2 (fosfolipase A2), as quais são potencializadas pelo consumo de álcool, além do fato de que o bloqueio do fator PARP1 reduz a neurotoxicidade induzida pelo álcool.ola University Chicago Stritch School of Medicine descobriram a associação entre o consumo moderado de álcool e um menor risco de ocorrência de prejuízo cognitivo e demência. Entretanto, o consumo de grandes quantidades de álcool resulta em inflamação crônica, acarretando em stress oxidativo e morte celular cerebral, os quais são responsáveis pelo risco mais elevado de demência vivenciado por alcoólatras.
“O óleo de peixe tem o potencial de ajudar a preservar a integridade cerebral em pessoas que abusam do consumo de álcool”, comentou o Dr. Collins. “O mínimo que se pode afirmar é que este óleo não irá provocar nenhum dano nessa população”. Entretanto, ele enfatizou que a quantidade de álcool consumida como abuso ainda deve ser reduzida, a fim de se proteger a função cerebral.

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