quarta-feira, 5 de abril de 2017

Creatina e aptidão física, uma Associação Positiva!


Entre os suplementos alimentares utilizados a creatina apresenta ampla distribuição e conhecimento pelos atletas, a substância parece melhorar o aporte energético muscular, bem como retardar o estabelecimento do quadro de fadiga. O quadro de fadiga muscular pode ser entendido como um evento complexo que acarreta aos músculos diminuição de força, potência e resistência, impossibilitando assim a manutenção de trabalho muscular intenso e sustentado.
A creatina é uma amina (ácido a-metil guanidino acético) sintetizada no fígado, pâncreas e rins a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina. A concentração de creatina normal no músculo esquelético é de 120g. Um indivíduo, com uma dieta habitual variada, ingere aproximadamente 1g de creatina, podendo ser adquirida através do consumo de carne vermelha e peixes uma quantidade similar é produzida pelo fígado para atingir as necessidades diárias. Esse total (cerca de 2g) equivale aproximadamente a creatina reciclada diariamente pelo organismo.
O treinamento de força tanto em jovens quanto em idosos tem sido recomendado como intervenção segura e eficaz, sobre o fato de que os benefícios de aumento de força, resistência, massa muscular e aptidão física estão sendo conseguidos com essa modalidade do qual podem ser potencializadas quando a suplementação de creatina é associada. O benefício da creatina é o de aumentar a síntese de proteínas musculares o que para o idoso terá um benefício ainda mais importante. Certamente o indivíduo idoso tem na perda de massa muscular o fator mais importante no comprometimento de autonomia, maior risco de quedas e perda de qualidade de vida. Estudos comprovam que a suplementação de creatina, juntamente com os exercícios de força em idosos, há um aumento significante na capacidade de realização de tarefas funcionais.
O protocolo de suplementação mais utilizado encontrado nos principais estudos publicados são sobrecarga (ou compensação), que é a utilização de 5 a 7g em 4 doses iguais dissolvidas em 250ml de líquido, e a dose de manutenção que é aproximadamente de 2 a 5 g por dia dissolvidas na mesma quantidade de líquido. Muitos estudos mostram resultados positivos quanto à utilização de creatina, evidenciando a sua contribuição para a obtenção de melhor desempenho em determinadas modalidades esportivas. A melhor prática de suplementação de creatina é quando a ingestão desta é associada com a de carboidrato, pois assim pode-se aumentar o acúmulo de creatina em até 60% quando comparada ao uso de creatina apenas.



Referências:

FERNANDES, Wendel; FERREIRA, Ricardo César Alves. Efeito do treinamento de natação e suplementação de creatina sobre os níveis sanguíneos de lactato de camundongos. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 10, n. 59, p. 325-329, 2016.

CONFORTIN, Fernanda Grison; DE SÁ, Clodoaldo Antônio; WILDNER, Priscila Paola. Avaliação da creatina associada à dextrose como suplemento nutricional ergogênico sobre a performance de atletas de futebol. RBNE-Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 10, n. 56, p. 136-144, 2016.

de creatina no treinamento neuromuscular e composição corporal em jovens e idosos. RBNE-Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 10, n. 55, p. 79-86, 2016.
JERÔNIMO, Diego Pereira et al. Influência da suplementação de creatina e cafeina sobre a fadiga neuromuscular. 2016.

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