sábado, 18 de janeiro de 2014

GLUTAMINA NO ESPORTE

A glutamina não é um suplemento novo, ela foi identificada no início dos anos 80  como um importante substrato energético para algumas células específicas do sistema imune (linfócitos e macrófagos).

Ela é um aminoácido livre, não essencial, mais abundante no músculo e no plasma humano, encontrado também em concentrações relativamente altas em muitos tecidos. Sua concentração plasmática diminui significativamente em situações “catabólicas”, a glutamina é classificada como um aminoácido condicionalmente essencial, ou seja, que deve ser ingerida pela dieta, já que o organismo não consegue produzi-la em quantidades suficientes “nesses casos”.

O trato digestório é o principal órgão de captação e metabolismo de glutamina do organismo, mais da metade desse aminoácido ingerido pela dieta é utilizada pelas próprias células intestinais que se renovam rapidamente (isso mesmo, existe vida em seu intestino, e elas “adooram” esse aminoácido) e, com isso, necessitam sintetizar constantemente compostos estruturais, principalmente a partir da glicose e da glutamina.

Benefícios potenciais da glutamina são:

·             Manutenção do sistema imunológico;
·             Equilíbrio do balanço ácido-básico durante estado de acidose;
·             Possível reguladora da síntese e da degradação de proteínas;
·             Controle do volume celular;
·             Desintoxicação corporal do nitrogênio e da amônia;
·             Controle entre CATABOLISMO E ANABOLISMO;
·             Combate a síndrome do overtraining;
·             Precursor de nitrogênio para a síntese de nucleotídeos.

Durante o exercício físico, o nível de glutamina é depletado, mas se você repõe com a dieta, a glutamina é recuperada em 24 horas. Fontes alimentares de l-glutamina: carnes, ovos, derivados do leite e soja.


Em clientes que treinam intensamente, os níveis de glutamina ficam cronicamente baixos, deixando esse esportista com o sistema imunológico debilitado.

Sabe aquela situação de quando você volta a treinar e sente dores do fio do cabelo até as pontas dos pés? Sabe? Pois bem, esse aminoácido ajuda, a promover REPARO do tecido agredido e REDUZ o CATABOLISMO muscular (“poupando músculo”) e de lambuja você  previne infecções.

Outra situação comum: “Individuo que inicia uma dieta restritiva, que tem família para cuidar, emprego, estudo, namoro (porque ninguém é de ferro) e ainda começa a treinar... O sistema imunológico “pode ir pro brejo”, e é nesse período que podemos entrar com nossa querida amiga glutamina!”

Glutamina é um suplemento relativamente barato em comparação com outros aminoácidos, super indicado também para pessoas submetidas a níveis elevados de estresse (como aquelas que se recuperam de lesões e intervenções cirúrgicas), e se ajuda nesses momentos, imagine o que ela pode fazer para aqueles que realizam treinamentos moderados a intenso...

Estudos mostram que a dose tolerada é de 2g a 10g/dia. O consumo deve ser feito em doses fracionadas para aumentar as reservas orgânicas, sem impor problemas significativos de absorção.

Não pense que tudo são flores... Pacientes com problemas renais e/ou hepáticos não devem utilizar o produto sem consultar especialistas. Lembre-se a suplementação inadequada com glutamina gera toxicidade, pode ocasionar excessiva produção de amônia!!!

Por isso seja esperto! Antes de sair comprando, consulte um médico ou nutricionista habilitado em nutrição esportiva para saber qual a melhor forma de suplementação, tempo,  quantidade e horários adequados a você, a decisão sobre usar ou não dependerá de seu estado clínico, nutricional, modalidade e intensidade esportiva que você realiza.


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