A fruta também é rica em potássio,
vitaminas C e do complexo B e é boa para o tratamento de infecções intestinais
Litchi chinensis é o único membro do
gênero botânico Litchi, pertencente à família Sapindaceae. A
fruta litchia, lechia ou Lichia (Litchi
chinensis Sonn), crescem em árvores frutíferas, cujas frutas são
conhecidas como lichias ou uruvaias.
É encontrada principalmente na China, Índia, Madagascar, Nepal,
Bangladesh, Paquistão, sul e centro de Taiwan, ao norte do Vietnã, Indonésia,
Tailândia, Filipinas, África do Sul, México e Brasil.
A fruta é relativamente nova no Brasil entrando com força no
país há cerca de quatro ou cinco anos, em regiões como o interior de São Paulo
e de Minas Gerais.
Vitamina C e compostos fenólicos
A lichia é excelente fonte de vitamina C, cada 100 gramas do
fruto apresenta 71,5 mg da vitamina, o que ajuda a prevenir gripes e
resfriados. Além de possuir ação antioxidante, auxiliando no combate de doenças
crônico degenerativas, câncer e problemas de coração.
A vitamina C ainda ajuda a controlar a taxa de colesterol no
sangue e faz bem para a pele. Alguns trabalhos científicos também já apontaram
que o consumo da polpa branca da Lichia, rica em flavonoides, pode prevenir o
crescimento de células cancerosas.
O pericarpo (casca) da lichia contém quantidades significantes
de compostos fenólicos, antocianinas que são os principais polifenóis,
indicando-a como um potente eliminador de radicais livres e possuindo uma forte
atividade antioxidante utilizada na prevenção de uma série de doenças.
As antocianinas desempenham uma função farmacológica importante
contra várias doenças, como cardiovasculares, doenças crônico degenerativas,
câncer, inflamações, imunidade baixa e alergias.
Outros nutrientes
Destaca-se a quantidade do mineral potássio presente,
apresentando 171 mg por 100 gramas da fruta, ajudando a manter a pressão
arterial e a retenção de líquidos sob controle.
Ainda podemos citar a presença de vitaminas do Complexo B na sua
composição, tornando a lichia uma ativadora de metabolismo. Por ter uma ótima
quantidade de líquidos na sua composição, a lichia contribui para a boa
hidratação do organismo.
Ajuda a queimar gorduras
Um trabalho científico realizado na Universidade de Hokkaido, no
Japão, analisou a perda de gordura abdominal em voluntários que receberam
extrato de lichia. Ao final de dez semanas, eles queimaram 15% a mais de
gordura na região da barriga do que os participantes tratados com placebo, o
médico Jun Nishihira, que realizou a pesquisa, concluiu que o efeito obtido se
deve à cianidina presente na fruta.
Além disso, cada 100 gramas de lichia, entre 8 e 15 unidades,
dependendo do tamanho, possui cerca de 65 calorias. É uma quantidade baixa. Por
isso, a fruta é indicada para quem deseja emagrecer.
As poucas calorias da lichia são, em sua maioria, provenientes
do carboidrato da fruta. Devemos lembrar que, para perder peso é necessário um
plano alimentar pessoal, harmônico e atividade física incorporada a vida, só a
lichia não faz milagre.
Utilizada no tratamento de infecções
intestinais
Outra pesquisa interessante, demonstrou que o Clostridium
difficile é, que é a causa principal de infecções intestinais, cuja
sintomatologia inclui desde diarreia, colite e perfuração intestinal, podendo
levar o paciente a óbito, tem sua capacidade de causar doença reduzida com o
consumo de lichia.
A infecção é facilitada por uso abusivo de antibióticos, que
reduzem a população de organismos benéficos da flora intestinal. O tratamento
padrão é efetuado com os raros antibióticos aos quais a bactéria é sensível.
Entretanto, a recidiva é muito alta e o desenvolvimento de "resistência
genética" tem limitado o espectro dos antibióticos que podem ser
utilizados.
Informe da Organização Mundial de Saúde dá conta que a terapia
antimicrobial padrão tem sua taxa de sucesso incrementada se for complementada
por ingestão de probióticos. A levedura Saccharomyces
boulardii é encontradas
sobre os frutos de lichia, tem fornecido excelentes resultados terapêuticos. O
microrganismo sobrevive à exposição aos ácidos gástricos, colonizando o cólon
durante o tratamento, sendo rapidamente eliminada do intestino ao final da
administração. A levedura reduz a capacidade de C.
difficile é de causar
doenças, interferindo na produção ou eliminando suas toxinas, ou ainda
liberando uma protease que bloqueia os receptores das toxinas.
O maior benefício foi observado na redução do índice de retorno
do quadro infeccioso após a cura inicial, o que ocorre em 64% dos casos, quatro
semanas após o término do tratamento com antibióticos. Portanto, a lichia faz
com que as bactérias não fiquem resistentes aos antibióticos, criando as
"bactérias assassinas", grande problema enfrentado pela medicina
contemporânea.
Como consumir
A melhor maneira de consumir a lichia é lavar bem a casca
da fruta antes de abri-la, é a chamada higienização, que deve ser feita para
evitar que impurezas contaminem sua polpa. É possível congelar a lichia para
consumi-la ao longo do ano, mesmo por processo de congelamento lento a lichia não
perde suas características de perfume e sabor.
Pelo congelamento lento a lichia pode ter sua textura
ligeiramente alterada devido ao rompimento de suas fibras provocadas pelos
cristais de gelo que são formados em seu interior, mas isso não muda em nada o
seu paladar e nem seu valor nutricional. Quando submetida ao calor ou em
contato com a luz, a lichia perde nutrientes sensíveis ao calor. Por isso, deve
ser armazenada em locais frescos e escuros e, de preferência, ser consumida in
natura.
Para nossa sorte e saúde, é mais fácil encontrar a lichia nas
feiras, varejões e nos supermercados no início do ano, é nessa época que as
frutas estão mais doces e baratas. Isso contribuiu para que o preço da lichia
baixasse. Antes, ela era encontrada apenas como produto importado. A lichia é
rica em nutrientes e um ótimo alimento funcional.
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